segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Vencedores e derrotados

Foram eleitos os alcaídes de cada uma das freguesias e da câmara da municipal, assim como também os elementos que nos representarão nas assembleias. Consequência imediata das decisões tomadas por cerca de 60% do eleitorado feirense: a derrota dos que não foram eleitos. Consequência da posição distanciada dos cerca dos 40% que faltaram ao processo eleitoral: a eleição daqueles que posteriormente irão ser alvos das suas críticas...

A todos os que se dispuseram para assumir responsabilidades de gestão e promover desenvolvimento e qualidade  das suas terras e que para isso deram a cara ao povo: os meus parabéns pela participação, dinamismo, vontade e iniciativa. Agora só falta continuar a tentar que as pessoas, aqueles a quem insistiram por um voto, acreditem realmente que ... merecem verdadeira credibilidade. Passe a redondância.

Na terra do Conde que a fundou, nada de novo, nada de surpreendente, mas asseguro que este pedacinho da Feira, onde o novo Presidente (já previamente assumido como tal) argumentou em defesa da sua candidatura «devolver a Paços de Brandão o estatuto que outrora conquistou no concelho», mereceria ser abordado por um investigador de sociologia ou de ciência política como caso de estudo. Quanto mais não fosse para justificar o porquê de alguns dos brandoenses continuarem a referirem-se às alegadas qualidades e virtudes do seu feudo e que são ainda motivo de orgulho na ostentação do nome que lhes identifica a origem como algo que ''foi'', ''passou'' ou que se escreve apenas na História.

As opções oferecidas a este eleitorado, aqui acima referido em particular, também não terão sido tão entusiasmantes em termos de relevo das personalidades que encabeçaram as listas promovidas a concurso. Independentemente das suas capacidades e competências que envergavam para argumentar as mais-valias, com que eventualmente iriam distinguir a freguesia ou a sua população, não é bom ter por príncipio que são estas que têm a obrigação de os reconhecer quer pela sua actividade profissional, quer pelos cargos que ocupam, quer pelas suas origens familiares. Eu também sou muito conhecido!... Pelo menos entre os meus grupos com quem convivo quotidianamente e nos locais onde trabalho... Mais ainda contesto: um líder se o é de facto, não necessita de o afirmar ou de o reclamar insistentemente. E um povo pode até ter o defeito de consentir que mandem nele, que mantenham no seu seio algo muito próximo do caciquismo. Mas, parodoxalmente, não permite que lhe ''relembre'' ou queiram lhe fazer crer na sua condição de relativa inferioridade quando se pretende fazer valer que se é chefe ou líder porque se tem mais curriculo. As teorias o povo, na generalidade, aprendeu-as com as mãos sujas de terra e a medir o tempo e as distâncias olhando o céu.

1 comentário:

  1. Permita-me discordar da sua afirmação "As opções oferecidas a este eleitorado, aqui acima referido em particular, também não terão sido tão entusiasmantes em termos de relevo das personalidades que encabeçaram as listas promovidas a concurso...". Não tenho o dom da escrita como o autor deste original blog, mas sou obrigado a discordar de tal afirmação pois, como se pode constatar pela constituição da oposição da actual assembleia de freguesia, há muito que não se via uma oposição de tão elevado nível por estas terras. Há muito que não se via por aqui uma campanha da oposição de tão elevado nível cívico. Esse nível foi tão elevado que era ver a campanha do PSD mais mobilizada que nunca... Confirmando a tendência cada vez mais crescente do apartidarismo, em boa hora o partido da oposição apostou numa nova vaga de personalidades, ainda que independentes!

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